
Em 01 de agosto levantamos âncora rumo a Taormina, 10 horas de velejada rumo ao nordeste da Sicília, a maior ilha do Mediterrâneo, a “bola chutada pela bota”.

Já estivemos aqui de carro em março de 2019, quando os amigos Lili e Pádua vieram nos visitar. Era inverno e a paisagem lindíssima também.
A Sicília foi considerada o celeiro da Itália continental graças ao seu rico solo vulcânico, e a ilha viu o surgimento da Cosa Nostra, não só uma instituição criminosa que ultrapassou continentes, mas também uma organização social cujas origens explicam muito a história, a geografia, a alma da ilha.

É interessante saber que a máfia nunca esteve presente no nordeste siciliano, onde fica Taormina, apesar de sua presença influente até hoje no lado oeste, onde estão Palermo e Corleone.

Taormina foi ponto de parada do Grand Tour, viagens que duravam meses e viraram moda entre ricos e nobres, principalmente ingleses e nórdicos, dos séculos 17 ao 19, e passavam, da França à Italia, pelas principais cidades e regiões que formaram culturalmente o mundo ocidental (fonte: Simone.com.br).

A cidade tem hoje cerca de 11 mil habitantes, localizada no alto de uma colina, dividida por estreitas ruelas onde ficam também os hotéis, restaurantes e pontos de contemplação voltados para o vulcão Etna.
Ancoramos em frente à baía de Naxos, a cidade que fica à beira mar, abaixo de Taormina e nos presenteou com um lindo por do sol.

Na ancoragem muitos super iates de luxo, barcos rápidos de passeio, escunas, mas mesmo assim passamos uma semana bem tranquila por lá e o que é melhor, na companhia do Beyond, que já tínhamos encontrado em Malta, em Siracusa agora aqui! Na chegada nos receberam com um carreteiro muito saboroso!

No lado da baia que ancoramos não havia pier para acessar a cidade e deixar o bote, assim nestes dias o Renato me levava até a praia e eu andava com a Bella, fazia as compras e ele ficava no barco, o que era bom, pois havia muito trânsito de barcos o tempo todo.
Mas o ponto alto dessa ancoragem foi presenciar a erupção do Monte Etna, que está ativo e a noite expeliu uma alta coluna vermelha de lava, fantástico poder ver isto.

Estávamos a uma distância de 30 quilometros e felizmente o vento estava em direção oposta e nao trouxe as cinzas para nós. Mas dois dias depois acordamos com uma boa quantidade de resíduos sobre o convés e também dentro do barco, pois devido ao calor, dormimos com todas as vigias e gaiutas abertas. Sim, deu um bom trabalho limpar tudo mas ver o Etna em erupção não tem preço!

A mãe natureza é incrível, sua força e beleza são incomparáveis!
06 de agosto de 2021. Morando a bordo na Itália 🇮🇹 mar Jônico.
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Eu, meu marido Renato Teixeira e a Bella, nossa Yorkshire, moramos a bordo e estamos conhecendo muitos lugares dando volta ao mundo em um veleiro. Namastê 🙏🏼
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