A posição estratégica ocupada por Malta, entre a África do Norte, Europa e Oriente Médio, fez com que este pequeno arquipélago, composto por três ilhas (Malta, Gozo e Comino) fosse disputado por muitos povos ao longo da história. Os primeiros assentamentos registrados datam de 5.000 a.c. Quando hominídios chegaram, vindos da vizinha Sicília e começaram a povoar as ilhas de Malta e Gozo. Eles empregavam técnicas avançadas para trabalhar o entalhe de rochas, muito antes das pirâmides do Egito e construíram os grandes templos de Hagar Qim, Mnajdra, Tarxien y Ggantija; oferecidos a deusa da fertilidade, entre os anos 3.600 e 2.500 a.c.
Depois, em 800 a.c. Malta pertenceu aos Fenícios, que a usavam como ponto de abastecimento em suas rotas comercias seguidos dos Cartagineses, vindos do Norte da África e a ocuparam por 250 anos.
Durante a Segunda Guerra Púnica o Império Romano ocupou Malta e teve uma época próspera, com o crescimento das cidades e melhorias urbanísticas. Segundo a bíblia São Paulo chegou em Malta no ano 60 d.c. e expandiu o cristianismo. Com a queda do Império Romano os Bizantinos ocuparam Malta por quase quatro séculos passando ao domínio Árabe no final do século IX. Então a população se converteu ao Islã para evitar represálias e adotou vários de seus costumes. Depois, em 1090 os normandos da Sicília tomaram Malta.
No ano 1530 o rei Carlos I cedeu Malta aos Cavaleiros da Ordem de Jerusalém, conhecidos como os Cavaleiros de Malta que durante os próximos 250 anos realizaram profundas transformações nas cidades, importantes construções barrocas, torres de observação no entorno de todo o arquipélago, estruturas defensivas imponentes como Forte de São Telmo e vários outros, levando por fim a adotar o emblema da cruz de oito pontas, representando a nacionalidade dos 8 cavaleiros. Um dos grandes triunfos dos cavaleiros foi resistir ao Grande Sítio de Malta e combater o ataque dos Otomanos, liderados pelo cavaleiro Jean Parisot de La Valette.
Depois em 1798, as tropas de Napoleão tomaram Malta e a população se revoltou contra os franceses pedindo ajuda a Grã Bretanha. Os britânicos logo perceberam o valor de Malta como uma colônia no Mediterrâneo e através do Tratado de Paris, de 1814, Malta passou a fazer parte do império Britânico. Assim, durante os quase 150 anos de ocupação britânica os malteses adotaram costumes ingleses, como conduzir pela esquerda e falar Inglês. Durante a Segunda Gerra Mundial Malta lutou heroicamente contra as forças aéreas italiana e alemã, que bombardearam Malta reduzindo as cinzas suas grandes cidades.
Malta ficou independente da Grã Bretanha em 1964, mas manteve a rainha Isabel (ou Elizabeth) II como soberana e dez anos mais tarde finalmente se transformou numa república desvinculando-se da Inglaterra.
Em 2004 Malta ingressou na União Europeia e teve fundos para investir em melhorias urbanas e preservação do patrimônio histórico. Hoje Malta é um importante e reconhecido destino turístico, quer pelas suas belezas naturais, lindas praias, sítios arqueológicos e patrimônio histórico.
Sua principal cidade é Valletta, centro administrativo, financeiro e cultural. Andar pelas ruas de Valletta é estar em um museu a céu aberto, são mais de 300 esculturas espalhadas pela cidade, lindas e grandes construções em estilo barroco tornando a cidade ainda mais imponente. Também destaca-se o Forte de São Telmo, uma expressiva fortificação que defendeu Malta ao longo dos anos.
Muito interessante estar aqui, com o tempo iremos descobrir os caminhos, as trilhas, as histórias e os lugares para contemplar toda essa beleza! Namastê 🙏🏻
Fonte: http://www.disfrutamalta.com
Dia 1854, 23 de abril de 2021. Morando a bordo em Malta, Mediterrâneo.