Conhecemos um casal de brasileiros que moram em Tunis, capital da Tunísia e que gentilmente nos levaram conhecer a cidade de Kairouan, distante 73 quilômetros de onde estamos, Monastir.
Kairouan foi construída pelos árabes por volta do ano 675 e foi a primeira base árabe no norte da África. Desde o período medieval é conhecida como centro da fé Islâmica e considerada a quarta cidade sagrada do Islã, atrás de Meca, Medina e Jerusalém. Ela desempenha o papel de capital espiritual do Magrebe, a “cidade das cinquenta mesquitas” e acumula mais de treze séculos de cultura islâmica.
O destaque é a Grande Mesquita, patrimônio arquitetônico juntamente com a Almedina, ou Medina.
A Grande Mesquita tem suas portas talhadas de madeira com arabescos de estuque e internamente abriga 400 colunas de mármore e inscrições fenícias, romanas e árabes. A cidade recebe muitos visitantes por ser considerada uma cidade sagrada e tal é sua importância que dizem que: “cinco idas para Kairouan equivale a uma ida a Meca”.
A Medina é toda murada, uma verdadeira fortaleza com grandes portões de entrada e abriga o comércio local, os chamados souks, com suas centenas de lojas distribuídas pelas estreitas ruelas, que desenham um verdadeiro labirinto dentro das muralhas da Medina. Vimos vários tecelões produzindo mantas, pashiminas e tapetes, tal qual se fazia a séculos atrás… Parece que o tempo não avançou e muitas coisas são feitas de forma rústica e rudimentar.
Passamos por um antigo poço que é uma atração turística pois há um camelo que gira a roda para puxar a água do poço e as pessoas em visita esperam para beber a água da cidade sagrada.
Na Medina e fora dela encontram-se várias lojas dos famosos tapetes produzidos com lã pura. Cada tamanho tem um nome específico e um tapete pode demorar meses para ficar pronto. Muitas famílias fabricam o mesmo desenho no tapete há anos, tradição passada através das gerações. Os tapetes são mesmo belíssimos e os vendedores os mostram como se fosse um troféu, demonstrando respeito e orgulho pelo trabalho agregado em cada tapete.
No lado da Medina vimos um grande cemitério muçulmano, com todos os túmulos de cor branca e soubemos que aquele grande cemitério pertencia a uma só família, cujo marido tinha cem mulheres, quase não dá para acreditar, né?! Vestígios da época em que um homem podia casar com quantas mulheres pudesse sustentar. Hoje não é mais assim, vale a monogamia.
Gostamos muito de conhecer este lugar, muito interessante e com certeza um lugar para voltar e explorar ainda mais. Obrigada Tânia e Weber pelo dia maravilhoso que passamos na companhia de vocês! Namastê 🇹🇳
Dia 1265, 07 de dezembro de 2019. Morando a bordo, inverno no norte da África, Monastir, Tunísia 🇹🇳
Ah, muito dez…e obrigado por compartinhar conosco um poudo da aventura e do turismo cultural de vcs…valeu….
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Marcos, bem legal esta oportunidade de conhecer tantos lugares. Aqui é bem diferente e igualmente interessante, alem de ter um cambio mais favoravel que na Europa. Grata por nos acompanhar ☺
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