Hoje realizamos o que havíamos planejado para o ano passado, porém em função de várias coisas e entre elas do Covid 19, não tivemos oportunidade, mas agora, depois de passarmos por três países e navegarmos mais de 1.200 milhas (2.222 quilômetros) aqui estamos, chegamos na Turquia.

A travessia de Kos, na Grécia, até Bodrum, na Turquia, é cerca de duas horas, estamos praticamente na fronteira e rapidamente avançamos e jogamos nossa âncora na baía em frente ao antigo Castelo de Bodrum, ponto turístico local.

Ouvimos nos chamarem no rádio e era o agente que contratamos para fazer a entrada no país e ele nos orientou para que entrássemos na Marina para os procedimentos. Esta foi a primeira vez que tivemos um agente, geralmente o Renato faz todos os procedimentos, mas aqui via de regra a entrada é feita pelos agentes.
Levantamos a âncora, entramos na Marina e atracamos no pier, descemos e fomos na guarda costeira onde havia um pequeno dutty free, coisa que há muito não víamos. Papelada pronta voltamos para nossa ancoragem.

Apreendendo um pouco sobre a Turquia, vimos que sua população é hoje cerca de 85 milhões, sendo a maioria muçulmana, porém é um estado laico e assim, as práticas associadas à religião não são obrigatórias no país, ou seja, governo e religião não se misturam.
No dia seguinte fomos até a cidade, deixamos o bote no píer de um restaurante e perambulamos pelas ruelas com muitas lojas de souvenirs e restaurantes.

No centrinho as ruas são só para pedestres e tem uma cobertura com lonas para dar sombra tornando o passeio mais agradável.

No entorno da grande baía passamos por algumas áreas com restaurantes, outras com praias e píeres do Porto e da Marina, que é enorme e o número de barcos também, porém aqui há uma peculiaridade, tem muitas escunas grandes e belíssimas, creio que mais escunas do que barcos de linha como o Bavaria, Jenneau e Bennetau.

A cidade recebe muitos turistas europeus, é um centro náutico e turístico, tem uma vida noturna bem agitada e parece muito mais nova do que realmente é, são poucas as casas antigas de pedra que sobraram. Hoje há muitos condomínios ao redor do centro e a paisagem lembra a Grécia com as casas caiadas, muito embora as construções sejam diferentes. Alguns condomínios são de concreto, cor de cimento e ficam meio camuflados não impactando a paisagem.

No passeio pelo centrinho nos encantamos com as luminárias em vidro colorido, um visual lindo que também usam para enfeitar as ruas e restaurantes.

Nos deparamos também com grande número de cachorros em todos os lugares, geralmente de grande porte, bem alimentados com coleira e alguns com brinco na orelha. O Renato observou que todos têm idade avançada e que possivelmente fizeram alguma esterilização para não procriar mais, porém achamos bem bacana este cuidado com os cachorros de rua.

Visitamos o Castelo que estamos ancorados em seu quintal e conhecemos um pouco da história local, do acervo de esculturas, mosaicos, colunas entalhadas de mármore e vimos os faisões andando livremente pelo castelo, como era nos tempos antigos.

Vimos também a escultura de Heródotos, o pai da História e experimentamos o café turco e algumas comidas típicas e é tudo muito gostoso e muito limpo, de forma geral.

O tempo está bom, um pouco mais fresco pois já estamos no outono e geralmente temos vento a tarde, depois diminui e a noite é tranquila, com exceção do barulho da música alta dos restaurantes e dos muitos barcos que saem para passeios noturnos.

É uma sensação única acordar as 5:30 hs da manhã ouvindo a primeira das cinco chamadas para as preces, depois voltar a dormir embalados no balanço do mar e despertar com a chegada do sol. Só a agradecer. Namastê 🙏🏻🇹🇷
Dia 26 de setembro de 2021. Morando a bordo do SV Pharea em Bodrum, na Turquia 🇹🇷
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Sobre Sailing Vessel Pharea
Eu, meu marido Renato Teixeira e a Bella, nossa Yorkshire, moramos a bordo e estamos conhecendo muitos lugares dando volta ao mundo em um veleiro. Namastê 🙏🏼