
Quando chegamos em Malta há mais de 90 dias atrás, não sabíamos como seriam as entradas e saídas das fronteiras em função do Covid, mas agora que já estamos vacinados e com o certificado de vacinação, tudo ficou mais fácil e estamos mais confiantes em seguir viagem.
Preparamos o barco, o Renato abasteceu com água e combustível, eu deixei pronto algo para comermos no caminho e assim levantamos ancora.
A travessia de Malta para a Itália foi muito boa, velejamos a maior parte do tempo com ventos não muito fortes, nos revezamos em turnos e novamente pegamos uma sacola plástica no caminho antes de chegar em Porto Palo (Itália). O Renato mergulhou e cortou a sacola enrolada no hélice. Quando sentimos a rotação do motor diminuir e vibrar, nos olhamos e dissemos: Oh não! Acho que pegamos um plástico na rabeta novamente 🙄.

Chegamos em Siracusa dia 25 de julho, aproveitamos para vir nesta data para reencontrar os amigos do Amazônia, do Beyond e do Bossa Nova, dos amigos Werner e Tânia, que compraram o barco este ano e estavam em Siracusa se organizando e esperando janela de tempo para prosseguir. Também conhecemos o veleiro Manas, do Fábio e da Vivi, que tem duas filhas e estão morando a bordo.
Novamente foi uma alegria encontrá-los aqui. O Renato fez aniversário dia 27 e fizemos um churrasco com todos os amigos. Estava ótimo e muito animado.
Esta foi a terceira vez que estivemos em Siracusa e foi a melhor experiência no tocante a conhecer a cidade. A primeira vez viemos no inverno, frio e chuva com os amigos Lili e Padua, foi bom mas a cidade estava pacata. Na segunda vez, paramos a caminho da Tunísia e chovia muito e agora… Dias de sol e calor intenso.
Aliás, não vemos chuva desde março, quando estávamos na Tunísia, nos mais de três meses em Malta não choveu nenhum dia e sentimos muita falta de chuva para manter o barco “doce”. Externamente usamos a água do sereno que fica no convés e de manhã, bem cedinho antes do sol realmente esquentar, limpamos todo o convés usando essa “água” que se acumulou durante a noite. Não é como jogar água, mas dá para manter um nível de limpeza.

A brisa e os sprays de água que pegamos quando estamos velejando trazem muito sal para o convés e se não limpar vai acumulando, sendo possível até formar crostas em volta das ferragens. A rede que temos no entorno do barco, que era branca, agora está marrom e só vai limpar quando finalmente pegarmos uma boa chuvarada.

Siracusa está agitada, com muitos turistas e o que estranhamos foi a falta de cuidado em relação ao Covid. Aqui só é obrigatório o uso de máscara em espaços internos (lojas, supermercados, etc) e vimos também, na mesma ancoragem que estávamos, um navio de passageiros da MSC, lotado de pessoas, além de vários ônibus de excursão no centro e pontos turísticos.

Ou seja muita gente andando junto, nos bares e restaurantes… Isso nos assustou pois em Malta todos, sem exceção, usavam máscara o tempo todo. Vendo esse comportamento em Siracusa, pensamos que o Covid pode voltar a crescer por aqui.

Ancoramos na baia de Siracusa, deixávamos o bote no pier, ao lato da Guarda de Finanças e caminhamos pela cidade, comemos o famoso Panini do Boderi, fomos à feira e visitamos os pontos turísticos mais centrais.

Foram os dias mais quentes que passamos até agora, dias com sensação térmica de 48 graus e na baia onde estávamos ancorados a água é turva e não achamos apropriada para banho… Foram dias difíceis em função do calor, sempre torcendo por uma brisa mais fresca.

Da mesma forma como ocorreu em Malta, se repetiu na Itália a questão da entrada no país. Em nenhum dos países carimbaram nosso passaporte, nos sentimos como se estivéssemos no limbo, de alguma forma. Por outro lado, nos é conveniente, pois caso contrário só poderíamos estar dentro da União Europeia, segundo o Tratado de Shengen, durante três meses. Agora já estamos a quatro meses e ainda queremos passar na Grécia, então não podemos reclamar.
Aproveitamos para nos abastecer no mercado, com os deliciosos queijos e salames daqui e de vinho é claro 🍷🍷🍷. Próximo destino: Taormina. Namastê 🙏🏻
31 de julho de 2021. Morando a bordo na Itália 🇮🇹 mar Mediterrâneo.
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Sobre Sailing Vessel Pharea
Eu, meu marido Renato Teixeira e a Bella, nossa Yorkshire, moramos a bordo e estamos conhecendo muitos lugares dando volta ao mundo em um veleiro. Namastê 🙏🏼
Amo estes relatos que faz, tenho a impressão de estar por perto conhecendo um pouco de cada lugar por onde passam.⛵💕
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