Ir ao supermercado em Malta é muito interessante, em uma só gôndola é possivel encontrar produtos de diversos países e continentes.
Malta produz apenas 20% das reservas alimentares que consome e tem recursos de água potável limitados, hoje a região norte usa água dessanilizada e não há fonte de energia doméstica. É uma economia de dependência externa e de importações, sendo que a manufatura eletrônica e têxtil, além do turismo são as suas principais fontes de rendimento.
Andando pelas 3 ilhas que compõem o arquipélago, ve-se um misto de cidade e campo, são muitas pequenas áreas de agricultura de subsistência próximas das cidades.
Vimos produção de verduras, legumes e algumas frutas, pesca, mas todo o resto é importado. Compramos feijão preto da Argentina, carne “fresca” do Brasil, frango, massas, queijos e presunto da Itália, molho tailandes e assim por diante.
É incrível pensar que Malta tem um comércio tão grande e que recebe tudo praticamente via marítima. E isso justifica os preços salgados, além da moeda usada, o Euro.
Fico pensando em todos os segmentos de uma cidade e da sociedade que nela vive, e fico impressionada com a quantidade de produtos e bens de consumo produzidos fora e consumidos aqui, tudo à mão, tudo fácil, havendo recursos, é só comprar.
O Renato comprou alguns materiais para o barco e realmente encontra-se tudo o que precisar, mas vindo dos mais diferentes países.
Algo que nos chamou a atenção foi o grande número de gruas em terra, quando nos deslocamos entre as ilhas contamos entre 10 e 20 gruas trabalhando em diferentes lugares. Nossa amiga Maltese nos disse que a construção civil está muito acelerada, que praticamente não há falta de serviço e que muitos dos imigrantes trabalham na construção civil.
Muito interessante pensar nesta logística quase absoluta que os Malteses são dependentes por mar e ar. Namastê!
07 de junho de 2021. Morando a bordo da SV Pharea em Malta, mar Mediterrâneo 🇲🇹