Pelos países que passamos ainda não tínhamos sentido necessidade de termos bicicleta, mas aqui… Com uma grande beira mar e com os mercados mais distantes, decidimos nos presentearmos com bicicletas dobráveis e depois da compra on line, ficamos ansiosos esperando a chegada. O Renato as montou e saímos pedalar para inaugurá-las… Muito bom… Antes levávamos 40 minutos andando até o centro da cidade e agora em 15 minutos já estamos lá para tomar um café no “Bar Roma”, o bar da pracinha central.
Mas aí tivemos um problema… Saíamos a pé e a Bella ía conosco e agora de bike ela ficará em casa 🙁… Mas o Renato procurou e comprou um cesto para minha bike a assim vamos todos, ela curtiu e desde a primeira tentativa já se adaptou ao cestinho, agora ela vê o mundo como a gente, de cima kkk.
Temos tido ventos fortes… Por duas vezes alcançando 54 knots e também tivemos uma semana toda com vento e aí vamos nós adaptando e checando para ver se tudo está dentro da normalidade.
Ganhei um par de agulhas de tricô da Iael, minha amiga israelense, e tricotei um pulôver para a Bella, vermelho é claro, a cor que mais gosto para ela… Acredito que logo, logo não dará mais para sair sem agasalhá-la, pois além da temperatura caindo o vento é muito frio. Já incorporamos o gorro, o cachecol e casacos mais pesados para o frio daqui. O Renato comprou um aquecedor a óleo e assim a temperatura interna se mantém agradável.
A alimentação aqui é bem gostosa, encontramos tudo o que precisamos e gostamos (fora feijão das qualidades que encontramos no Brasil, farinha de mandioca, arroz agulhinha…claro aqui é a terra do risoto e o que mais encontramos é o arbóreo kkk) e as gôndolas do supermercado com as massas são adoráveis, inclusive o de massas frescas… Realmente saborosas… Acompanhadas de muito queijo pecorino, grana padano e outros da região. Tem feira toda a terça e sábado, com produtos diretamente do produtor. Os legumes são mais caros, tem variedades diferentes, como a couve flor branca, amarela, verde cítrica e roxa, berinjelas diversas e inúmeros tipos de pimentões e peperonis… As laranjas e mexericas são maravilhosas e a produção é local…A carne vermelha é encontrada com facilidade, muito embora os cortes continuem sendo diferentes dos nossos… Diferente de nossos hábitos alimentares, aqui come-se muita carne de porco, ovelha, frango, coelho, peru… Agora, a seção de bebidas é fantástica, ótimos vinhos com preço super justo🍷🍷🍷 Falei para o Renato que possivelmente sairemos gordinhos daqui… Pois a comida é muito boa.
Nossas atividades aqui, junto com o grupo de velejadores incluí aulas de yoga, jogo de boccia, tênis de mesa, tardes de jogos de trem mexicano (um tipo de jogo com um dominó diferente) e tudo num clima super amistoso. Geralmente vamos a pé ou de bike para um café na cidade, compras de supermercado ou alguma ferramenta ou produto para limpeza do barco. No domingo tem churrasco, cada um leva sua carne e bebida e mais um prato para compartilhar, dá muito certo e é bem divertido.
Não temos saído para fazer refeições fora pois a cidade é pequena e não há muitas opções e a noite, quanto tem alguns poucos restaurantes abertos, não nos animamos a sair pois está escurecendo cedo, às 16:30 horas… Acabamos por ficar no barco e preparar nossas refeições.
Nossos novos amigos são bem queridos, todos agradáveis e temos tido uma ótima convivência aqui, sem falar do pessoal da Marina, equipe super enxuta e gentil. Bons tempos por aqui. Namastê 🙏🏻
Dias 738 e 742. Morando a bordo, Roccella Iônica, Calábria, sul da Itália 🇮🇹 Dias 13 a 17 de dezembro de 2018
Caci! Parei de receber as postagens no e-mail e acabei não mais acompanhando vocês. Outro dia, reli sua entrevista para o Jornal Crea+, pesquisei, encontrei este novo blog e fiquei muito feliz de voltar a receber as postagens em meu e-mail. Muito legal voltar a acompanhá-los! Mentalizo tudo de bom pra vocês. Obrigado pela oportunidade de convivermos e pelos aprendizados. Você ainda é um grande exemplo pra mim e pra muitos aqui no Crea. Grande abraço!
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