Sexta-feira (19/10/18) levantamos ancora e rumamos mais ao sul do Golfo Sarônico, para a Ilha Ydra. Ancoramos numa enseada próxima chamada Mandraki ( 37°21.229’N / 23°29.036’E) e neste lado da ilha somente algumas casas e montanha rochosa, para ir até a cidade fizemos uma trilha de uns 30 minutos.
A ilha é dependente do turismo e local de visita dos atenienses. O acesso é via ferry que chegam vindos de Atenas e do Peloponeso. Com exceção dos caminhões de coleta de lixo, não são permitidos veículos na ilha, o que deixa a maioria do transporte público da ilha a cargo de burricos e táxis aquáticos.
Há uma cidade principal, conhecida simplesmente como Porto Hidra. Consiste num porto em forma de meia-lua, em volta do qual está a praia e os estabelecimentos comerciais (restaurantes, lojas, mercados e galerias), com tudo voltado para agradar aos turistas e aos habitantes da ilha.
Li que foi na Antiguidade uma das grandes potências navais do Mediterrâneo, e o seu poder chegou até à época moderna. Os seus armadores e marinheiros tiveram um papel determinante na guerra de independência da Grécia, contra o Império Otamano, em 1821.
Na Antiguidade a Ilha era conhecida como Hidra (Υδρεα), que era uma referência às fontes de água da ilha, mas hoje em dia é comum faltar água na Ilha, o que ironicamente não condiz com seu nome.
Fizemos a caminhada até a cidade, numa estradinha contornando a montanha e ao chegar numa curva…avistamos o Porto e uma bela cidade, surpreendendo nossa expectativa. Muitos turistas turistando por lá e no Porto uma pequena marina já bem cheia. Sentamos em um dos restaurantes à beira do píer e passamos um bom tempo conversando e apreciando a paisagem, tomando um vinho grego 🍷
As ilhas da Grécia 🇬🇷 possuem tanta infraestrutura para acolher os turistas que 58,5% das unidades hoteleiras do país e 62,6% das camas de hotel são encontradas nas ilhas (dados de 2003) e junto a isso, o fato de que há facilidade de transporte marítimo devido a pequena distância entre os portos, tornam as ilhas o lugar ideal para passeios curtos tanto de gregos como de estrangeiros.
Em nossa saída, quando fomos recolher a âncora uma má surpresa… a âncora estava presa numa ancora tipo garatéia no fundo do mar…. o Renato colocou sua roupa de mergulho e desceu para ver o que havia… como estávamos ancorados com 12 metros, tivemos que chamar um mergulhador com equipamento de mergulho para desenrolar a corrente e lá se foram 200 euros… e tivemos a impressão que isso é bem rotineiro por lá… talvez por este motivo não tirem os entulhos jogados no fundo da enseada… uma pena. Namastê 🙏🏼
Dia 682. Morando a bordo, Ilha Ydra, Golfo Sarônico, Grécia 🇬🇷. Dia 19 de outubro de 2018.